26/04/2011

Lei de Diretrizes e Bullyings da Educação Nacional

Posted in Neopessimista tagged , , às 00:29 por Roger Lopes

Na falta de crianças atiradas de edifícios e namoradas de jogadores servidas como aperitivo aos cães, o oportunismo sensacionalista encontra agora na tragédia do colégio carioca o filão mórbido para elevação dos índices de audiência até que surja outra comoção nacional para inserir no horário nobre entre uma novela e outra. Dessa forma, o grande mote entre os achólogos atende no momento pelo elegante anglicismo conhecido como Bullying, prática de intimidação que vem ocorrendo principalmente nas escolas.

Apesar de não ser um fenômeno social inédito, é compreensível que os rumos da situação supliquem hoje por extensas delongas sobre o assunto. Todavia, o que não causa nenhuma estranheza, é a omissão dos “expertises” em abordar o tipo mais vil dessa prática, o Bullyng Educacional do Governo, que troça, agride e humilha não apenas os alunos, mas a toda classe docente e a sociedade em geral.

Políticas de emburrecimento perversamente premeditadas, baseadas em bazófias construtivistas repudiadas no mundo inteiro (inclusive no próprio país de origem), mas que nos solos desta mãe gentil caiu como luva para soterrar de vez um modelo que se nos áureos tempos já não era dos melhores, ainda assim o esforço coletivo conseguiu piorar exponencial e sistematicamente.

É evidente que esforços e investimentos nesta área nada possuem de altruístico, visando apenas demonstrar comparativos numéricos a fim de mascarar a ineficiência da ridícula Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, que suprime a autoridade de professores e concede um poder desproporcional a moleques púberes em processo de formação e sem a devida maturidade social, criando um bando destrutivo de gárgulas descerebrados, incapazes de qualquer análise crítica ou consciência ética e limitados em seus cabrestos apenas para apertar botões durante pleitos circenses ou votar no paredão do Big Bosta Brasil.

Mas o ataque dos representantes do Estado na área educacional não é fortuito. De sociólogos a semi-analfabetos, desde a maledicente catequização os diversos crápulas eleitos pela crendice popular cravaram suas britadeiras nessa fragilizada estrutura, sendo praticamente impossível elencar as inúmeras manipulações no sentido de destruir o pouco de ensino promovido no país.

Certamente que os ativistas acadêmicos aliar-se-ão aos gabinetes de burocratas comissionados em troca de favores partidários para levantar gládios na defesa de blasfêmias conceituais tratadas como idéias inovadoras e modernizantes, evocando a especialização para o exigente mercado de trabalho, fim dos índices de reprovação e diminuição da evasão escolar, como se objetivos tão prosaicos fosse indicador de solução para o problema, mas isso talvez se justifique por esses eméritos sofistas terem sido garotinhos “paga-lanche” que esgueiravam-se pelos corredores escolares, numa época em que o verbete Bullying ainda era desconhecido de nosso atual tratado ortográfico colonial.

12 Comentários »

  1. Unsere Welten said,

    Tá inspirado ultimamente hein? Hehe Ler e escrever é só começar. A propósito, quando eu era criança e adolescente, sofri o tal do bullying, mas ele ainda não tinha esse nome. Depois que deram nome, virou moda, antes mesmo do genocidio na escola, agora é o bafão do momento. Se eu me meter em encrenca algum dia, vou botar a culpa no bullying hehe Quanto à educação, importante é subir o IDH. Indicezinho furado, mas que é bonito ficar em uma boa posição no ranking, é.

    • Roger Lopes said,

      Sei (leia-se acho) que não foi indireta, mas confesso que teve um incentivozinho (pra não dizer empurraozão da porra), seu nisso, hehehe. Mas ainda estou apenas resgatando temas publicados em outros blogs ou abordados na licenciatura. Os textos estão meio sisudões, preciso retomar o estilo mais boca-suja dos primeiros posts, hehehe.

      Que Puxa! Esse negócio sempre existiu e acho que qualquer um, em determinado momento da vida já passou por isso, a diferença é que antes a molecada não ia com metralhadora pra escola e cagava de medo dos professores e dos pais. Todo mundo tinha receio até de passar em frente à Diretoria e advertência era sinônimo de surra certa. Bom, eu não era Quatro-olhos e ainda era da turminha esportista, mas vivia tendo que sair na porrada por causa de zombarias dos engraçadinhos, hehehe. Orgulho é tudo na vida, vão sacanear a mãe, pô! Será que é por causa do Bullying que hoje tenho idéias darwinistas tão singulares?

      • Unsere Welten said,

        Bullying é a explicação para tudo hoje. Se explode uma bomba em algum lugar, é porque o detonador dela ou alguém envolvido sofreu bullying.

        Quanto a escrever, eu sei que já disse, basta começar mesmo. Se você para, enferruja. Daí fica dificil ter inspiração vinda da Entidade Metafísica Sobrenatural hehehe. Ela só ajuda quando você está em movimento e venceu a inércia de ficar parado. E não é legal você ficar parado porque é talento desperdiçado.

        • Roger Lopes said,

          Só sei que agora tenho uma desculpa para me tornar um gênio do mal. Por Lex e Luthor!

          Não era bem esse empurrãozinho ao qual eu me referia, mas a algo meio do tipo, “larga a mão de frescura, ô chorão, e volta logo a escrever nessa joça de blog, porra!”. Devo admitir que esse método motivacional é até mais eficiente que aquele das formigas trabalhando em equipe para carregar a baratona pra cozinha.

          Acho que minhas inspirações provém mais das vulcãnicas erupções gastrobiliares do que da Entidade Metafísica Sobrenatural e sem essas queimações coléricas creio que perco um pouco da causticidade literária, afinal a raiva pode ser um elemento deveras construtivo, hehehe

  2. Unsere Welten said,

    esse “empurrão” que dei foi uma forma clara e objetiva de falar da inércia hehe

    • Roger Lopes said,

      De fato flertei um pouco com essa tal de Inércia, mas somente porque estava entediado, pois minha relação com ela nunca fora muito sólida. A megera é demasiadamente possessiva e eu meio promíscuo. Tivemos que romper, acho que não daria certo, hehehe

  3. Unsere Welten said,

    Hora, não se pode romper totalente com a inércia uma vez que ela se refere à tendência de um corpo em manter-sem como está, seja ele parado ou em movimento. É necessária uma força para movimentar um corpo em repouso bem como também é necessária outra força para interromper o movimento desse mesmo. Não fosse a resistencia do ar, um corpo prosseguiria em movimento por toda a eternidade até que alguém interrompesse o ciclo. Resumindo, é bom vencer da inércia da preguiça, por que uma vez fora dela, você já está na inércia do movimento, ou seja, escrevendo 😛

    • Roger Lopes said,

      Está equivocada, pois posso sim romper com a dona Inércia, pois me refiria àquela jovem cujas características semânticas advém exclusivamente do verbete léxico figurativo para conceituar “preguiça, indolência, torpor; falta de ação, de energia moral ou intelectual”, que era particularmente a quem eu detinha relação afetiva e não àquela cidadã cuja concepção deriva das propriedades da Física. Estamos falando de donzelas diferentes com o mesmo nome de batismo, hehehe

  4. Unsere Welten said,

    Ora a Inércia é um fenômeno físico, extraiu-se daí a ideia de inércia para falta de ação, pois quando um corpo está em repouso, necessita muito esforço para colocá-lo em movimento e vice-versa 😛 Por isso a expressão “Vencer a inércia”

    • Roger Lopes said,

      Não seja tão literalista, “falta de ação” é apenas um dos significados do verbete. O valor semântico utilizado foi o de figura de linguagem para torpor, anestesiamento, preguiça, no sentido de estado psicológico para a analogia feita em relação ao rompimento. Isso também pode ser chamado de hipérbole, levando-se em consideração que utilizei de exageros para representar essa afetividade entre mim e Dona Inércia, em nenhum momento me referindo a movimentos físicos. Qualquer dúvida, consultar nosso digníssimo guru Aurélio ou o senhor Sinônimos.

  5. Unsere Welten said,

    Ok, me convenceu, por ora ;P

    • Roger Lopes said,

      Sério? Duvido, hehehe.

      Mas não leve tudo tão ao pé-da-letra, afinal, nossa fucking gramática é cheia de armadilhas interpretativas. Você como adepta da poesia sabe até melhor que eu disso, hehehe


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